No início do século XX, a camiseta, ainda restrita à Europa, era uma peça usada como roupa debaixo, com intuito de proteger os homens da transpiração e do frio.
Durante a Primeira Guerra Mundial, os soldados europeus a usavam por baixo dos uniformes, sendo confeccionadas em algodão.
Os americanos anteriormente usavam uniformes de lã, mas devido ao calor que passavam adotaram a novidade e a levaram para os Estados Unidos. Como sua modelagem era em formato de um T essa peça foi batizada de T-shirt (em inglês).
A camiseta, durante a Segunda Guerra Mundial, era uma peça-chave no uniforme do Exército Americano e da Marinha. Ainda era uma roupa debaixo, mas em lugares muito quentes acabavam usando as camisetas sem a camisa por cima.
Em 1948, foi usada a primeira camiseta de propaganda da história por um candidato à presidência dos Estados Unidos, com os dizeres “Dew it for Dewey”.
A camiseta começa a fazer parte do guarda roupa dos jovens em 1951, quando Marlon Brando aparece vestindo-a no filme Um Bonde Chamado Desejo. A peça destacava a boa forma do ator. A partir desta década, a camiseta começa a ser usada sem a camisa por cima também por pessoas na vida civil.
Em 1955, a camiseta vira sinônimo de rebeldia e contestação, nas cenas do filme Juventude Transviada, onde o ator James Dean aparece de camiseta.
No final dos anos 60, os hippies vestem camisetas em cores psicodélicas e passam a trazer mensagens pacíficas ( Faça Amor e Não Guerra). Nesta época, as mulheres também passam a usar a camiseta, que se torna uma peça unissex.
Nos anos 70, as camisetas são usadas como meio de expressão dos anseios da juventude e também como suporte para propaganda, com estampas de marcas de refrigerante.
Os anos 80 foram a década dos jovens bem sucedidos (yuppies), ligados ao individualismo e ao consumismo, a moda agora passa a ser ostentação de poder e dinheiro, e a camiseta começa a fazer parte das grandes grifes.
A ausência de uma ideologia dos jovens da década de 90 aparece nas roupas largadas dos grunges. Agora a camiseta é usada por qualquer segmento da sociedade, sem comprometimento com causas, ideologias ou faixa etária.
Em 2000 não existem regras, a customização é a palavra de ordem. A camiseta continua democrática e servindo a todos os estilos, desde campanhas políticas até as estampas de grupos musicais preferidos. As grandes marcas começam a apostar mais nas linhas infantis.
Em 2000 não existem regras, a customização é a palavra de ordem. A camiseta continua democrática e servindo a todos os estilos, desde campanhas políticas até as estampas de grupos musicais preferidos. As grandes marcas começam a apostar mais nas linhas infantis.
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Por Elizangela Gomes professora do Núcleo de Criação da Sigbol Fashion
Referências: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, e 19